O mundo de Opath não esperava tamanha tragédia.
Em meio ao futuro brilhante que almejavam chegar, a inesperada queda das ilhas que, vindas do céu, dizimaram cidades e a esperança dos povos pôs apenas uma verdade na mente de todos: A terceira queda seria a última.
Skyfall, o criativo e trágico mundo de fantasia nacional criado pelo aclamado Mestre PedroK está cada vez mais perto, e a Cards Realm conseguiu uma entrevista exclusiva com nosso colaborador sobre seu cenário!
Quer saber mais sobre seu projeto e como foi feito? Continue a leitura e descubra!
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SKYFALL
Skyfall pode parecer mais um cenário de fantasia medieval genérico à primeira vista, mas engana-se quem o vê dessa forma.
Criado sobre uma temática trágica onde o fim e a corrupção dos heróis é iminente, temos sim uma fantasia medieval, mas que não foca apenas em atos de coragem insensata, mas também no desejo de sobrevivência, de superação e resiliência perante um futuro que não podem completamente controlar.
Nesse cenário o mundo foi marcado pelo que foi conhecido como “Era das Quedas”, onde duas enormes ilhas desconhecidas literalmente caíram dos céus em cima de cidadelas élficas e anãs trazendo caos e destruição para toda sociedade.
Junto deste evento temos tramas políticas, eventos sobrenaturais e linhas de tempo paralelas que garantem um universo repleto de conteúdo e potencial para todos os tipos de grupo.
O Trajeto
Criado de forma despretensiosa, Skyfall cresceu conforme o sucesso de seu projeto se espalhava pelas comunidades rpgistas do Brasil.
Já famoso no meio pelo canal Formação Fireball que ajudou a criar e manteve por muitos anos, PedroK decidiu começar no ramo das streams pela twitch, narrando e expandindo seu cenário e ganhando uma grande visibilidade.
A junção de sua fama e qualidade como narrador junto à ótima equipe que formava as mesas de jogo possibilitaram o investimento e crescimento de seu projeto em campanhas maiores com qualidade similar a projetos internacionais como o famoso Critical Role, criador da animação The Legend of Vox Machina.
Com isso, a ideia de um cenário de campanha começou e o que seria uma adaptação para D&D logo arranjou um lar na Editora Jambô com seu sistema principal, o Tormenta 20.
Atualmente o projeto continua em trabalho contínuo e está cada vez mais perto de ser lançado. Quer saber mais detalhes exclusivos da produção e do trabalho por trás de tanto conteúdo? Fique agora com nossa entrevista especial!
Entrevista com o autor
O Projeto
Como surgiu o projeto Skyfall? Quando você notou que poderia fazê-lo e já imaginava que fosse tomar essa dimensão?
Skyfall RPG nasceu como muitos outros jogos: foi um cenário que comecei a criar para jogar com meus amigos em casa. Aos poucos, fui abrindo o cenário e colaborando com Silvia Sala, que também é autora do jogo. Ainda assim, era algo pequeno e voltado apenas para jogar com amigos.
Assistindo Critical Role, um dia, eu pensei: dá para fazer algo assim aqui no Brasil. Foi aí que eu e Silvia começamos a rascunhar o que seria o projeto. Depois, levei a ideia para o Roxo, parceiro do canal Formação Fireball. Criamos a estrutura de programas para divulgar o projeto no Catarse e aí as coisas andaram.
Como está sendo lidar com a responsabilidade das múltiplas faces que Skyfall possui como os financiamentos coletivos, lives, criação de livros e tudo mais que rodeia o projeto?
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É complicado. É bastante trabalho. Hoje eu percebo que deveria ter delegado algumas funções para outras pessoas. O principal é foco. Resolver as coisas por etapas. Agora que estamos com as séries entregues, podemos nos voltar para o livro físico.
Assim que o jogo estiver realmente finalizado, podemos entregar as recompensas que dependem de revisão de regras. Nossa principal preocupação é entregar um material que seja duradouro e flexível, onde as pessoas possam usar quando sair o livro de Skyfall e também de Tormenta 20.
Skyfall já possui muito conteúdo criado nas lives da Twitch, por exemplo. Será necessário conhecer esse material antes do livro? Como está sendo o trabalho para facilitar a inclusão de novatos dentro do cenário?
Um cuidado que tomamos foi de fazer todos os conteúdos de Skyfall RPG não canônico. Isso significa que todas as mesas de RPG, livestreams e tudo mais são campanhas “não oficiais”.
Além disso, o livro está sendo escrito de forma a pensar primeiro em quem nunca viu nada do universo. Ainda assim, o livro é um prato cheio para quem acompanha as séries e o projeto como um todo.
Atualmente, onde podemos encontrar informações sobre o que já existe de Skyfall e acompanhar as novidades do projeto?
O principal é seguir Mestre PedroK nas redes sociais. As lives acontecem na Twitch e os vídeos vão pra o YouTube, mas colocamos material em todas as redes sociais.
Quem está interessado no livro físico pode seguir a Editora Jambô.
O Sistema
Skyfall começou usando as bases do D&D 5e e migrou para o Tormenta 20. Como é o processo para adaptar um sistema completo em um cenário novo e repleto de características únicas?
Inicialmente, Skyfall era “apenas” um cenário e não importava muito o sistema. Aos poucos, foram criadas mecânicas específicas para o cenário e logo percebemos a necessidade de criar um jogo inteiro.
A aproximação com a editora Jambô fez com que fosse lógico aproximar o SFRPG do T20. Criamos um jogo que é stand alone, mas totalmente compatível com T20. Isso significa que você pode usar o material de SFRPG em T20 e vice-versa.
Diversas vezes já foi citado como Skyfall se estrutura em cima das tragédias iminentes do cenário e dos próprios personagens jogadores. Como foi criar regras para emular esse sentimento e em uma base tão naturalmente heroica como o T20?
Tormenta 20 é um jogo sobre vencer apesar das adversidades. Skyfall RPG é um jogo sobre perder. Isso é uma diferença importante.
Mecanicamente, os jogos são praticamente idênticos, mas é necessário criar algumas mecânicas específicas em cada um deles para conseguir emular esse sentimento. O interessante é quando essas mecânicas são propostas narrativas (pois RPG é um jogo narrativo, afinal de contas).
Tormenta 20 é conhecido por sua polarização entre amor e ódio criando um grupo fiel de fãs e também de críticos por onde passa. Considerando isso, o que Skyfall trará de novo para quem já gosta do sistema clássico e, para quem não gosta do original, dar uma nova chance para sua visão das regras?
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T20 é o maior RPG nacional e é normal que existem pessoas polarizadas em relação a isso. Dito isso, não existe jogo que seja para todos os públicos.
Skyfall RPG é um jogo com proposta bem clara, nesse sentido. É um jogo de fantasia sobre aventuras em um local perigoso, mas ele convida os jogadores a explorarem a tragédia da aventura, não a vitória. Mecanicamente, ele é um jogo D20 com várias possibilidades de criação de personagens.
O Cenário
O cenário de Skyfall é extremamente rico e está se expandindo constantemente. Como é o processo criativo e de organização por trás de tanto conteúdo?
Eu e a Silvia conversamos bastante sobre quais tópicos vamos querer nos aprofundar. Ainda assim, temos o básico de cada região, divindade e entidade bem organizado em documentos de lore. Sempre que vamos fazer referência a algo do cenário podemos consultar esse local.
O Manual básico vai comportar todas as fases e linhas do tempo já criadas ou focará em um período específico? Como organizar e decidir o que entra ou não no espaço limitado de um manual de regras com tanto material interessante disponível?
O livro básico vai conter apenas o material canônico do cenário. Ou seja, ele não vai ter nenhum conteúdo específico das séries. Esse material é exclusivo dos apoiadores dos financiamentos coletivos das séries.
Com certeza Skyfall tem conteúdo para expansões. Talvez esteja cedo, mas que tal um pequeno spoiler? O que gostariam de lançar após o material básico? (Se vale a dica, eu adoro bestiários…)
Hehehehe, boa! Bestiários sempre foram os prediletos da nossa equipe. Silvia é uma excelente Monster Designer e eu gosto de criar ameaças para aventuras. Ainda assim, temos muitos planos... vamos apenas deixar assim no momento...
Toda criação artística acaba sendo um reflexo de seu tempo e de seus criadores, vocês enxergam isso em Skyfall? O que aprenderam ao criar o cenário e quais tipos de mensagem esperam que os fãs da obra consigam ao jogá-lo?
Apesar de ser um jogo trágico, Skyfall é sobre seguir em frente. Ele aborda o luto como temática principal e busca fazer com que seja necessário seguir em frente. Dito isso, ele é um jogo que provoca esperança nos jogadores, pois sem ela é impossível seguir em frente.
Pra saber mais
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E vale lembrar, Mestre PedroK, além de RPGista é um grande fã de Magic, tendo escrito artigos sobre Legacy para a Cards!
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