Você vê seus amigos com as fichas prontas para jogar, mas a sua permanece em branco.
O tempo passa, as decisões são enormes. Você fica indeciso e não sabe como responder uma das perguntas mais difíceis quando se começa uma nova campanha:
“Com qual classe eu jogo?!”
Decidir a classe de seu personagem é um passo importante para saber o que fazer em mesas de D&D.
Mas não precisa ser tão difícil.
Continue lendo e descubra as classes disponíveis na quinta edição de Dungeons & Dragons: Suas origens, inspirações, estilos de jogos e outras dicas para que nunca mais fique na dúvida do que escolher!
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Classes em D&D 5e
O que é uma classe em Dungeons & Dragons?
Classes são arquétipos. Ou seja, a junção de características, habilidades e equipamentos que definem o que seu personagem é capaz de fazer.
Enquanto outras opções da ficha são estáticas, as classes evoluem. Quando um personagem adquire experiência se torna mais forte na classe que usa, ganhando novos poderes. Desse modo, mesmo dois personagens com a mesma classe podem seguir rumos distintos conforme evoluem.
Classes também servem para guiar jogadores. Se você quer magias, pode escolher um Mago ou Clérigo, enquanto alguém que queira combate corpo a corpo pode ser um Guerreiro ou Monge sem precisar criar algo do zero como em outros sistemas.
Quantas classes existem em D&D 5e?
Até o momento, o manual básico possui 12 classes e uma 13ª foi lançada em manuais mais recentes, o Artífice.
Cada classe apresenta um estilo de personagem e de jogo.
Então mesmo duas classes combativas como Guerreiro e Bárbaro que parecem ter a mesma base, em jogo são bem diferentes entre si — e conforme evoluem ganham acesso a caminhos especiais que lhe deixam ainda mais diferenciada mesmo entre outros da mesma classe.
Ou seja, é perfeitamente possível um grupo com dois magos, um focado em ilusões e outro em necromancia. Ainda são da mesma classe, mas com focos completamente diferentes.
Abaixo você encontrará um guia completo das origens e inspirações de cada uma dessas 13 classes básicas, então preparem-se e vamos lá!
Artífice
Misturando tecnologias experimentais com magia, os Artífices são inventores, alquimistas e metalúrgicos com conhecimentos além da ciência atual.
Enquanto guerreiros e bárbaros se matam com pedaços de ferro, você usa armas de fogo, granadas e servos mecânicos quando a inteligência não é o bastante.
Artífices na História
Artífice é uma junção do Alquimista e do Gênio inventor.
Alquimistas eram estudiosos que uniam a ciência da época com filosofia e misticismo. Foram eles que deram origem à Química atual e lendas como a Pedra filosofal e transmutação de metais.
Gênios inventores, por sua vez, são os pais de vários avanços tecnológicos relevantes, como Leonardo DaVinci, Nicholas Tesla e Santos Dumont. Impressionam até hoje com seus pensamentos a frente da época que viveram.
Artífices na Fantasia
Em Harry Potter a alquimia é matéria escolar de Hogwarts e em RPGs eletrônicos costuma ser usada para preparar poções e outros itens com materiais encontrados no mundo como na série Elder Scrolls e Atelier.
No lado das Invenções temos o corpo estudantil de inventores em Boku no Hero Academia e, nos quadrinhos, personagens como Reed Richards e Lex Luthor, dois gênios focados em criações de todo tipo.
Artífices no D&D
Jogue de Artífice se desejar listas de habilidades e cartas na manga como magia, poções, equipamentos especiais, aliados mecânicos e armas de fogo.
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Será um alvo frágil para combates diretos, mas com estratégias para todas as situações.
Conforme evoluem, os artífices podem decidir se especializar em caminhos como alquimia e artilharia.
Observação: O nome da classe ainda não tem uma tradução oficial para o Português e pode mudar no futuro, pois os livros de onde saiu oficialmente: “Eberron: Rising from the Last War” e “Tasha's cauldron of everything” ainda não saíram no Brasil.
Bárbaro
Grandes guerreiros de reinos distantes com culturas e talentos próprios.
Misturam a brutalidade da vida na natureza, profundos conhecimentos dos espíritos ancestrais e um estado de Fúria que aumenta seus poderes criando uma figura temida e respeitada por onde passa.
Bárbaros na História
Bárbaros possuem uma origem polêmica. O termo é considerado ofensivo historicamente, pois servia como inferiorização e generalização de qualquer povo diferente dos considerados “civilizados”. Um pensamento preconceituoso, mas amplamente aceito na época.
Desse modo, civilizações ricas em culturas distintas foram englobadas neste grupo. De vikings a povos africanos, todos considerados “atrasados” e de menor relevância. Hoje com a conscientização da importância cultural desses povos, o termo é evitado em artigos científicos e históricos, ainda que em D&D este lado sombrio do termo seja convertido em uma versão muito mais respeitável que a realidade.
Bárbaros na Fantasia
O maior exemplo de Bárbaro é justamente “Conan, o Bárbaro” de Robert E. Howard. Uma figura de poder visível, coragem e sentidos aflorados que usa de astúcia e força para conseguir o que quer. “Red Sonja”, personagem feminina do mesmo universo, é uma contraparte interessante para a classe.
Em outras mídias temos figuras como Kratos da série God of war, Tryndamere e Olaf do universo de League of Legends e como inimigos em muitos jogos de fantasia medieval.
Bárbaros no D&D
Bárbaros são capazes de causar e principalmente aguentar muito dano mesmo sem armaduras. Assim como mover-se rapidamente e sentir o perigo com seus instintos. Seu estilo de combate é bruto, especialmente em Fúria.
Nesse estado o bárbaro ganha atributos extras enquanto ataca, mas se cansa ao terminar. Dependendo da especialização que escolher, ganhará efeitos extras como invocar raios ou adquirir traços de seus espíritos animais quando furioso.
Um bárbaro pode seguir caminhos como o Berserker ou guerreiro totêmico conforme evolui.
Bardo
Artistas conhecedores das histórias do mundo, Bardos são capazes de realizar magia a partir de suas obras, seja com música, pintura ou até mesmo um breve discurso. Bardos são especialistas na manipulação não apenas mágica, mas também em tocar o coração dos alvos das mais variadas formas a partir de suas técnicas.
Bardos na História
Bardos eram poetas, contadores de história e artistas talentosos geralmente contratados por nobres para entretê-los e, é claro, construir obras de arte ao seu favor.
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Como artistas, bardos eram conhecedores de muitas lendas e folclore local, além de especialistas em pintura, música e oratória, tornando-se figuras conhecidas, parte fundamental de eventos festivos e, é claro, muito sábias.
Bardos na Fantasia
Tom Bombadil do universo de Senhor dos Anéis era capaz de criar magia através da música e Jaskier da série The Witcher* apresenta toda a parte “clássica” de um bardo sempre musical e artístico.
É comum encontrar bardos como personagens não jogadores e secundários em mídias de fantasia medieval como Fantasy Age, Elder Scrolls ou até mesmo Shovel Knight.
Bardos no D&D
Bardos são personagens multi talentosos, capazes de conhecer e fazer um pouco de tudo com foco especial em manipulação com magia ou perícias.
Se busca um personagem capaz de influenciar, enganar e encantar seus alvos enquanto controla o combate com suas músicas e encantamentos, o bardo é para você.
Conforme evolui, o Bardo pode entrar em Escolas como a do Conhecimento, da Criação ou até mesmo das Espadas, misturando sua arte com técnicas de combate!
Bruxo
Entidades ancestrais aguardam nos limites da compreensão mortal aqueles com coragem o suficiente para adquirir poder e, a partir de um pacto, você foi um deles.
Bruxos se tornam conjuradores arcanos a partir de pactos o que lhes dão além das magias capacidades únicas e úteis tanto ofensivamente, quanto para suporte.
Bruxos na História
Pactos com entidades mágicas são um tema recorrente em muitas culturas. Independente da veracidade destes fatos, a maioria das religiões possuem, de uma forma ou outra, passagens relacionadas a temas do tipo.
Normalmente o conceito de um “pacto” está relacionado com demônios, espíritos malignos e outros arquétipos negativos, o que não ocorre necessariamente em D&D, ainda que seja possível.
Bruxos na Fantasia
Personagens que adquirem poder a partir de pactos são figuras comuns na cultura pop e na fantasia histórica em geral.
De Fausto das lendas alemãs passando por vilões de romances de capa e espada até as garotas mágicas do anime “Mahou Shoujo Madoka Magica”, todos tem conexão com um grande poder a partir de acordos.
Bruxos no D&D
Bruxos possuem um lista própria de habilidades mágicas únicas e ainda efeitos extras de acordo com seus pactos, permitindo builds bem diferentes entre si, mas que necessitam de análise e cuidado para ser eficiente.
Podem se focar em dano com raios de longo alcance, armas mágicas, magias de controle ou até mesmo o uso de multiclasse, sendo uma das melhores pra isso.
Conforme evolui, o bruxo aprofunda sua conexão com os patronos que lhe dão poder como Gênios, Celestiais e até mortos-vivos.
Clérigo
Servos dos Deuses e outras entidades Divinas, Clérigos são capazes de realizar verdadeiros milagres por onde passam.
Dependendo do cenário utilizado, podem tomar as mais variadas formas, pois seus poderes e motivações são ligados a cosmogonia de cada universo, indo de servos de deuses bondosos ou completamente malignos.
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Clérigos na História
Clérigos são figuras religiosas até hoje existentes em diversas religiões. Mas nenhum realmente seguiu todos os critérios do Clérigo em Dungeons & Dragons.
Podemos dizer que essa classe foi uma necessidade mecânica das primeiras edições em uma época de jogos mais mortais do que hoje. É claro, isso não torna o Clérigo menos interessante, pois sendo uma origem do D&D, ele se conecta diretamente com cenários e regras da obra!
Clérigos na Fantasia
Os primeiros clérigos criados no que se tornaria D&D foram feitos pensados em Van Hellsing do Livro Drácula de Bram Stocker, mas ainda que sendo sua origem, a conexão dos temas foi perdida com o tempo.
Hoje, mais diretamente nós temos os White Mages da série Final Fantasy como um conjurador de magias de cura, proteção e dano contra mortos-vivos e a Priestess do jogo Shining Soul II com habilidades similares de suporte.
Também temos muitos clérigos como classes jogáveis em RPGs baseados no próprio D&D, especialmente em jogos online como World of Warcraft, Guild Wars ou o nostálgico Ragnarok.
Clérigos no D&D
Clérigos em D&D são vinculados diretamente com uma entidade divina de enorme poder, seguindo seus dogmas e obtendo magia e poderes especiais a partir de seus domínios.
Escolha Clérigo se quiser ajudar seu time, enfrentar criaturas que sejam contra sua crença e seguir os dogmas e tradições de sua religião, seja ela qual for.
Conforme evolui, Clérigos aumentam seus usos de poderes e milagres de acordo com o tipo de entidade que acreditam e seguem.
Druida
Sábios e poderosos, druidas são conjurados divinos conectados diretamente com a natureza, capaz de controlá-la ou tornar-se parte dela como animais, monstros e plantas diversas.
Druidas misturam a versatilidade de quem controla a natureza, mas também as penalidades de quem não aceita a evolução trazida pela sociedade que afeta e muitas vezes destrói a origem de seus poderes.
Druidas na História
Druida era uma posição política e religiosa dos antigos povos Celtas. Pouco sabemos sobre seus ritos e afazeres diários, pois a escrita não era utilizada pelos druidas, dessa forma temos apenas lendas e relatos externos, geralmente de gregos e romanos surgidos posteriormente na região.
Contudo, o que se sabe é que Druidas eram figuras misteriosas e relevantes para o povo, líderes que misturavam conhecimentos da natureza, história e das leis celtas, tratados com importância por todos graças ao enorme conhecimento adquirido de seus ancestrais.
Druidas na Fantasia
Pela falta de dados históricos, o termo druida virou um conceito genérico para magos focados na natureza.
Desse modo temos figuras como Radagast da trilogia “O Hobbit” que mesmo sendo considerado um mago tem claramente todas as características de um Druida.
Em jogos temos o Druida das série Diablo, Knights of Pen and Paper, Guild Wars, Fire Emblem e tantos outros.
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Druidas no D&D
Druidas misturam magia divina com a capacidade de mudar de forma para diferentes tipos de animais e controlar a natureza ao redor, tornando-se uma classe conjuradora bastante completa e até fisicamente ofensiva.
Por outro lado, não podem usar a maioria dos equipamentos modernos como armas e armaduras de metal compensando a grande versatilidade de seus poderes.
Conforme evolui, o Druida entra em círculos que especializam suas grandes habilidades como o da Lua, dos Sonhos
e até dos Esporos.
Feiticeiro
Você não pediu para ser assim, mas conforme crescia passou a adquirir características diferentes e logo seus poderes surgiram. Você era um feiticeiro.
Feiticeiros possuem linhagens arcanas em sua família vindas de ancestrais distantes de enorme poder, esse resquício de magia despertou justamente em você lhe dando habilidades e mudando sua vida supostamente comum para sempre.
Feiticeiros na História
Por motivos óbvios, não existem casos reais de feiticeiros na vida real.
Contudo, muitas mitologias e contos populares falam de pessoas amaldiçoadas por relações ocorridas no passado em suas famílias que lhe dariam capacidades sobre-humanas ou até mesmo as transformariam em monstros em certas ocasiões, mas nada diretamente relacionado aos feiticeiros como D&D fez.
Feiticeiros na Fantasia
Harry Potter em seu primeiro livro possui um despertar similar ao de um feiticeiro, com a magia vindo de uma herança genética e não do estudo como faria ao chegar em Hogwarts.
Em animes como Fairy Tail os personagens adquirem poderes naturalmente e os treinam de diversas formas em uma sociedade onde nem todos são capazes de adquirir magia.
Em jogos muitos cenários apresentam o poder arcano como algo específico de uma família ou raça como é o caso de Terra em Final Fantasy VI.
Feiticeiros no D&D
Feiticeiros são a forma mais fácil para adentrar nas classes totalmente conjuradoras em D&D, pois não precisam preparar suas magias e ainda recebem poderes adicionais de acordo com a linhagem escolhida.
Em contrapartida, possuem menos magias aprendidas por nível, o que facilita o controle, mas reduz a diversidade a longo prazo, o que é equilibrado pelos poderes extras que um conjurador comum não teria.
Conforme evolui, o Feiticeiro se aprofunda nas suas linhagens que podem virar de diversas fontes como Dragões, Sombras e até Aberrantes.
Guardião
Também chamado de Ranger em outras edições, os Guardiões são especialistas em terrenos e alvos específicos.
O Guardião é um aliado versátil e um inimigo mortal capaz de atravessar a natureza selvagem com facilidade e caçar seus inimigos marcados com técnica e eficiência.
Guardiões na História
Não existe uma correlação direta dos Guardiões em D&D com figuras históricas reais. Essa junção de habilidades e magia foi feita a partir de inspirações na literatura da época.
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Mas podemos conectar, de certa forma, Guardiões aos caçadores e membros de povos que vivam em ambientes considerados selvagens, que aprenderam a se misturar com a natureza e tirar proveito do ambiente ao seu favor.
Guardiões na Fantasia
A maior inspiração dos Guardiões em D&D foi Aragorn da série Senhor dos Anéis.
Conforme as edições evoluíram, o Guardião ganhou novas roupagens e designs próprios transferidos para outras obras como os chamados Rangers da série de livros “Ranger: Ordem dos arqueiros” até os Vigilantes da muralha de Crônicas de Gelo e Fogo , que podem ser tratados como Guardiões especializados em um único terreno e inimigo.
Guardiões no D&D
Uma mistura de explorador, caçador, combatente e conjurador o Guardião busca a sobrevivência de todas as formas, unindo suas habilidades em um conjunto versátil e letal.
Um guardião poderá se focar no que quiser, desde um ambiente até um tipo de criatura específica, assim como estilos de combate de curta ou longa distância e até mesmo no uso de magias em menor escala e companheiros animais. Fica a critério do jogador ser bom em um pouco de tudo ou ótimo em um desses caminhos.
Conforme evolui, o Guardião pode decidir um arquétipo que lhe especializa em um dos múltiplos caminhos possíveis para a classe como o Caçador ou o Andarilho do Horizonte.
Guerreiro
Treinados em combate com as mais variadas armas e equipamentos, os Guerreiros são, provavelmente, a mais comum das classes existentes em D&D, pois englobam todos os aventureiros que não entrem nas demais categorias.
Um guerreiro é tecnicamente a classe mais simples para novatos e uma das mais versáteis, capaz de se manter diversificado ou se especializar no uso de uma arma ou manobra específica.
Guerreiros na História
Pessoas que dedicam a vida para o combate existem desde o surgimento da humanidade, sendo o combate e a guerra um dos alicerces de todas as civilizações humanas.
Temos exemplos como as legiões romanas, vikings nórdicos, Samurais japoneses e até os exércitos de países atuais com suas armas de fogo seriam considerados guerreiros em D&D em um cenário urbanizado.
Guerreiros na Fantasia
A maioria dos heróis de ação em filmes de fantasia são Guerreiros clássicos como Hércules e Xena das séries de mesmo nome.
Cloud de Final Fantasy VII, Chrono de Chrono Trigger e todas as classes relacionadas a combate em MMORPGs são exemplos em jogos.
Guerreiros no D&D
Guerreiros são os principais combatentes em D&D. Com pouco foco em magia, são capazes de usar ao máximo armas e equipamentos diversos.
Podem se focar em curta ou longa distância, causar ou aguentar dano e até mesmo entre manobras ou armas específicas para os mais diferentes propósitos e desejos do jogador.
Essa versatilidade combinada a regras simples transformam o guerreiro numa das classes mais balanceadas do jogo, sendo usada por novatos ou veteranos igualmente.
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Conforme evolui, um guerreiro pode se especializar em certos estilos como o Campeão, o Cavaleiro ou o Arqueiro Arcano, que mistura flechas com diferentes magias.
Mago
Estudiosos dedicados às regras arcanas, magos são os mais famosos usuários de magia, graças ao grande poder e versatilidade capazes de adquirir com o tempo.
Magos misturam os diferentes caminhos da magia com as restrições de precisar decorá-las diariamente, um equilíbrio que torna o Mago poderoso, mas também uma posição complexa para qualquer equipe.
Magos na História
Magia supostamente não existe, mas é seguida com afinco por culturas do mundo inteiro desde o surgimento das primeiras civilizações e mesmo que hoje seja vista com ceticismo já foi um medo e desejo real na sociedade.
Até hoje temos cultos e diversos caminhos de magia com seus livros e rituais, cada um focado em determinadas formas de ver o mundo similares às escolas de magia que o mago em D&D pode se especializar.
Magos na Fantasia
Mago junto do guerreiro e do ladino faz parte da tríade das classes básicas de qualquer fantasia medieval e temos vários exemplos deles aqui.
Rincewind e todos os magos da série Discworld são exemplos perfeitos dos magos de D&D, inclusive pelo fato de precisarem decorar diariamente seus feitiços, a chamada “Magia Vanciana” usada em D&D.
Obras como Harry Potter também mostram o caminho de estudo de um mago e a maioria dos RPGs de fantasia apresentam classes usuárias de magia arcana similares ao Dungeons & Dragons.
Magos em D&D
Magos possuem um catálogo enorme de magias disponíveis que precisam aprender e, principalmente, decorar para usos individuais.
Essa mistura de quantidade com restrições transforma o mago numa escolha complexa, mas definitivamente poderosa, especialmente quando supera os níveis mais baixos e frágeis da classe.
Conforme evolui, o Mago pode se especializar em escolas de magia, aumentando seu potencial para determinados caminhos como Ilusão ou Conjuração.
Monge
Mestres no combate desarmado e no uso do misterioso Chi em habilidades únicas!
O Monge é uma classe que foca sua força em rajadas de múltiplos ataques desarmados cada vez mais fortes, além de técnicas que misturam artes marciais com o consumo de Chi, uma energia que apenas ele possui no jogo.
Monges na História
A classe é fortemente inspirada nos Monges lutadores, um segmento de monges budistas reais que dedicam a vida ao treino de artes marciais unificadas à meditação, que existem até hoje em templos isolados.
Não existem relatos de monges lutadores na Europa medieval onde a estética de D&D é inspirada e, por isso, muitos dizem que esta é uma classe que não faz sentido como básica, mas sem dúvida pega um nicho de lutador desarmado que outras não conseguiriam suprir normalmente.
Monges na Fantasia
Aang de “Avatar: A lenda de Aang” é literalmente um monge lutador, ainda que também um dobrador de Vento, estilo esse similar a um dos caminhos possíveis para a classe.
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Punho de Ferro e Shang-Chi, ambos da Marvel, apresentam toda uma cultura baseada em Chi e artes marciais em seus quadrinhos e filmes.
Monges no D&D
Monges não usam armas ou armaduras comuns, trocando essa limitação por vários efeitos diferentes com Chi e suas técnicas de combate.
Dessa forma, o monge está sempre preparado pro combate, pois o dano vem de seus próprios punhos e poderes inatos. Independente de que situação esteja, você será um risco em potencial para qualquer adversário.
Conforme evolui, o Monge entra em uma tradição monástica específica que amplia seus conhecimentos e técnicas como o Estilo Bêbado ou até dos Quatro elementos, lhe dando habilidades sobrenaturais com o Chi.
Paladino
Cavaleiros divinos com poderes vindos de entidades ou de um forte juramento, Paladinos podem ser o exemplo perfeito de herói ou de um terrível algoz por onde passarem, mas independente da forma, sempre serão lembrados por quem testemunhar seus poderes.
Paladinos misturam o uso de armas e armaduras pesadas, montarias e poderes divinos advindos de um voto ou código de honra.
Paladinos na História
Paladino é um termo criado a partir de cavalarias reais como a Guarda Palatina de Augusto, uma unidade militar do Vaticano que protegeria o próprio papa e outras como os Paladinos de Rolando do Imperador Carlos Magno.
Dessa forma, Paladino talvez seja a classe com maior ligação com a história real e trazem os poderes divinos de sua conexão religiosa além da militar.
Paladinos na Fantasia
Paladinos surgem como unidades em jogos de estratégia histórica como Age of empires e Civilization, geralmente expansões de outras unidades de cavalaria.
Também surge com esse mesmo nome no jogo Diablo II e Final Fantasy como classe jogável e com títulos diferentes, mas conceito idêntico de “Cavaleiro Divino contra as trevas” em outras obras, cada uma com suas próprias características de acordo com o universo, mas centrada no arquétipo de Paladino criado pelo D&D.
Paladinos no D&D
Paladinos misturam as vantagens de um combatente armadurado com boas defesas e capacidade de ataque com os benefícios de um conjurador divino, além de outras habilidades adicionais vindas da própria classe.
Contudo, esse potencial vem com as restrições de seu código de honra, o voto que deve seguir que, caso quebrado, lhe rende penitências e até a perda temporária das habilidades.
Conforme evolui, o Paladino pode fazer juramentos que lhe dão poderes e restrições extras como o da Devoção, da Glória ou da Vingança.
Ladino
Mestres da furtividade, dos talentos ocultos e até mesmo do assassinato, muitos tratam o ladino como simples criminosos quando, na verdade, são aventureiros fundamentais para qualquer grupo.
Ladinos possuem um conjunto próprio de técnicas focadas em arrombamento, manuseio de armadilhas, escalada, furto e técnicas que peguem o alvo desprevenido que sim, podem ser usadas para o mau caso queiram, mas também criam exploradores e aventureiros vitais para qualquer grupo dentro e fora de masmorras.
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Ladinos na História
Não existe um exemplo claro de quem inspirou os Ladinos na história real, a maioria surgiu de contos como Robin Wood e outras figuras da literatura de fantasia da época.
Contudo, podemos tratar os exploradores de masmorras e tumbas egípcias como ladinos reais que adentravam estruturas antigas repletas de armadilhas em busca de tesouros, precisando misturar esperteza e habilidade para sobreviver nessas viagens.
Ladinos na cultura Pop
Talvez o primeiro grande ladino seja Robin Wood, o famoso ladrão que roubava dos ricos para dar aos pobres. Também temos figuras como Bilbo Bolseiro de O Hobbit, que viajava oficialmente como o ladrão do grupo não para cometer crimes, mas sim para usar de furtividade nas missões que as pediam.
Em outros jogos temos uma série de classes como ladrões, assassinos e até os próprios ladinos em diversos RPGs clássicos e atuais, dificilmente um MMORPG é lançado sem um arquétipo do tipo. Exemplos claros são a série Final Fantasy, Elder Scrolls, World of Warcraft, etc.
Ladinos, junto aos guerreiros e magos, são as classes mais fáceis de se encontrar na cultura pop em todas as formas possíveis, elas formam a tríade de classes básicas de fantasia medieval.
Ladinos em D&D
Em D&D, Ladinos misturam uma grande lista de perícias e truques de ladinagem que lhes dão vantagens em situações que outras classes estariam indefesas, isso com a capacidade de causar muito dano no momento certo com seus Ataques furtivos.
Jogar de Ladino pedirá esperteza, não apenas do personagem, mas também de seu jogador, pois são uma classe cheia de habilidades, mas frágil se confrontada diretamente.
Conforme evolui, o Ladino pode especializar seus talentos em caminhos como do assassino, do ladrão ou até do trapaceiro arcano, onde imbuí seus truques com magia.
Qual a classe mais forte em D&D?
Tecnicamente não existe uma classe mais forte em D&D, ainda que muitos jogadores digam que sim.
Se pesquisar, encontrará listas muito bem embasadas ranqueando as classes de Dungeons & Dragons, e essa pode ser uma pesquisa interessante para conhecer mais do sistema!
Porém, sendo D&D um jogo focado na criatividade e com histórias criadas por um narrador para um grupo específico, é aceitável imaginar que independente da eficiência de uma outra classe ou da forma que será usada, a mesa irá se “balancear” naturalmente.
Por isso não se preocupe tanto com combos e níveis de poder, isso deve ser divertido, não uma busca cega por eficiência.
Qual classe escolher?
Não existe uma resposta exata, pois cada classe ocupa um nicho e uma mecânica diferente.
De modo geral, após ler essa lista você provavelmente se animou com alguma classe ou referência e está pensando em usá-la. Mas talvez tenha medo dela não se encaixar com as escolhas do restante do grupo.
E isso é um pensamento válido, mas não uma obrigação.
Se puder e quiser escolher uma classe que encaixe bem com o restante da mesa, com certeza seus desafios serão mais brandos. Mas uma mesa só de conjuradores ou sem qualquer acesso a magias pode criar experiências desafiadoras e divertidas!
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Tente manter o equilíbrio, mas lembre-se que no final é sua diversão que falará mais alto.
E você, qual sua classe favorita?
Esse foi um artigo bem longo, mas espero que tenha ajudado!
Depois dessa lista, você já tem uma classe preferida em Dungeons & Dragons?
Nos deixe saber e comente que tipo de personagem você mais gosta de fazer nas mesas de D&D, sua opinião é importante! Quem sabe a gente não faz uma postagem especial sobre ela no futuro?
Bons jogos e bons dados para todos vocês!
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