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RPG Cyberpunk antifascista Sigmata entra em financiamento coletivo

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Sigmata: este sinal mata fascistas é um RPG Indie que te transporta para uma América distópica onde sua luta é uma só: liberdade para os oprimidos!

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Sigmata é um RPG inovador onde todos constroem uma história de luta contra a opressão.

Fascismo fortalecido em grandes governos, polarização política como não se via em muito tempo, torres cujos sinais influenciam a vida do cidadão... não, não estamos falando do cenário mundial, mas sim do inovador Sigmata: Este Sinal Mata Fascistas, escrito pela mente criativa de Chad Walker, mesmo responsável pelo elogiado Cryptomancer.

O cenário se ambienta nos Estados Unidos na década de 80, quando a Guerra Fria estava a todo vapor. Mas e se nunca tivesse acontecido o Escândalo Watergate? E se Nixon, ao invés de renunciar, nunca tivesse sido eleito presidente dos EUA? É nessa trama distópica que nossos heróis precisam lutar contra um regime autoritário, segregador e truculento conhecido como O Regime, iniciado com a eleição de Joseph McCarthy como presidente em vez de Nixon. Os EUA lutam a mesma guerra indireta contra a URSS de nossa realidade, mas dentro do país a perseguição contra simpatizantes do comunismo, homossexuais ou negros é elevada a terceira potência: O fascismo que o sinal se propõe a eliminar.

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Aos moldes de RPG's cyberpunks, neste mundo os jogadores interpretam os Receptores, os super-poderosos ases na manga da Resistência, Cyborgues que ganham enormes poderes quando dentro do alcance do Sinal, um código transmitido por uma Rádio FM pirata das redondezas. Apenas poucos tem seus corpos modificados para sintonizar o Sinal, e nem todos estão dispostos a usar suas habilidades pela Resistência, então resta a esses poucos o peso de lutar por uma massa de oprimidos. O Sinal é a benção maldita desses super-seres.

A mecânica de jogo é batizada Quad-Core, e os atributos que serão utilizados para desempenhar as ações em jogo, aqui chamadas Operações ou Ops, são conhecidos como Processadores:

- Agressão, uma medida da coragem e comprometimento;

- Astúcia, que trata da agilidade e criatividade;

- Julgamento, quão inteligente e paciente o receptor é;

- Valentia, que apresenta a força física e empatia do Receptor.

Estes variam de 1 a 5.

Para as Ops, o jogador sempre jogará uma parada fixa de 5 dados, entre D10 (dados básicos) e D6 (dados entrópicos) de acordo com o Processador que melhor se encaixa, contando como sucesso resultados maiores ou iguais a 6. Quanto maior for seu nível no processador, mais D10's você terá em sua Pool de dados, completando os 5 dados da operação com D6’s. Mas não se preocupe, a falha crítica também está presente, com cada 1 tirado nos dados eliminando sucessos e, caso prevaleçam, constituindo consequências desastrosas. Já se 3 ou mais sucessos forem obtidos, o Sucesso Crítico garante cenas espetaculares.

Mas é na forma como as Operações são resolvidas que o sistema mostra o quão inovador é. Aqui não temos o clássico Efeito por sucesso. Na verdade, sequer a narrativa segue os padrões esperados: quando um personagem tem sucesso em uma operação ele se torna o dono da narrativa, em todos os seus mínimos detalhes, ditando o rumo da história em sua rodada. Se o Receptor falhar, cabe ao GM ditar os rumos e consequências. Se RPG é essencialmente uma história escrita por várias mãos, Sigmata leva isso a um novo patamar com sua narrativa compartilhada.

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Ao GM cabe construir as chamadas Cenas Estruturadas, os desafios que deverão ser transpostos pelos receptores, nível de ameaça, ambiente e tudo o que for necessário para imersão. E as Cenas podem ser de três tipos: Combate, em que lutam diretamente com os opressores; Evasão, onde devem se infiltrar ou fugir de algum local ou situação e Intriga, onde o que manda é o jogo sociopolítico.

Observações Finais

Sigmata claramente bebe de muitas fontes. É difícil não pensar na história mundial reescrita em Watchmenlink outside website de Allan Moorelink outside website, no mundo distópico e opressor de V de Vingançalink outside website, também de Moore, ou não ver as similaridades com os replicantes de Blade Runnerlink outside website.

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Mas a obra vai além e entrega algo fresco, inovador, mesmo que tratando de um problema antigo e assustador como o Fascismo. Num mundo onde a polaridade política e o extremismo ideológico se fazem cada vez mais presentes é bom saber que temos a disposição um RPG Indie onde podemos dar voz para um bom debate enquanto nos divertimos explodindo tanques com rajadas sônicas, ou protegendo multidões com nossos peitos de aço.

A meu ver um sistema complexo e de assimilação lenta para os que estão mais acostumados com sistemas Mainstream, mas que vale com certeza cada centavo investido.

Sigmata: Este sinal mata fascistas está em pré-venda pela editora Huginn&Muninn no Catarselink outside website até o dia 04/07/2021.